Nesse simpático destino os moradores e visitantes encontram dois grandes atrativos de Minas Gerais: natureza e riquezas históricas. Um roteiro por Diamantina pode incluir refrescantes banhos de cachoeira, a descoberta do interior de uma gruta e passeios pelo centro histórico que mantém preservadas construções coloniais erguidas na época em que a cidade era o principal centro de extração de diamantes do Brasil. A Mag garimpou, não diamantes, mas as melhores dicas de como conhecer e aproveitar essa cidade. Confira!
Café da manhã

A Padaria Pão Fofo é uma boa forma de começar seu dia de passeios em Diamantina. A panificadora tem um conceito diferenciado, que utiliza receitas tradicionais, mas as prepara com um jeitinho inovador. Somando a excelência dos sabores dos produtos de alta qualidade, com um atendimento sempre especial, o café da manhã se torna um momento de muito prazer. Não deixe de provar as broas de milho e os cookies de nozes!
Praça Barão Guaicui, 77 – Centro | Tel.: (38) 3531-9121 | Site
As belezas de Diamantina

Logo após o desjejum, um passeio imperdível na cidade é conhecer a Gruta do Salitre. A formação de quartzito tem formas pontiagudas que lembram um castelo medieval e conta com vários salões, sendo o maior com 64 metros de largura e 5 de altura. A gruta tem uma ótima acústica e até já foi palco de concertos e cenário para produções de séries, novelas e filmes.
Acesso pela Estrada para Diamantina

Para refrescar esse roteiro é indispensável incluir passeios às cachoeiras de Diamantina. A apenas 20 km da cidade, no Parque Estadual do Biribiri, os visitantes encontram muitos cenários naturais lindos, como a Cachoeira da Sentinela. Tem fácil acesso e várias quedas de 1 a 5 metros de altura que formam pequenas piscinas naturais. Outra opção do parque é a Cachoeira dos Cristais, com uma queda de 6 metros e poços de águas cristalinas perfeitos para nadar.
Avenida Geraldo Edson do Nascimento, 600 – Cidade Nova

Na área do Parque também podemos encontrar a bucólica Vila Biribiri, com ruas ainda de terra e casarões construídos em 1876. O simples vilarejo servia de morada para os funcionários de uma indústria têxtil, e hoje é uma parada charmosa de quem vai visitar as cachoeiras e ainda pode aproveitar um mergulho no Rio Biribiri.
Acesso pelo Km 587 da BR-367, 14,5 km
Deleites mineiros
Na hora do almoço, para quem está no Parque Estadual Biribiri, a pedida é ir ao Restaurante do Raimundo sem Braço. O proprietário que perdeu o membro ainda criança é famoso na cidade, e serve o melhor da comidinha mineira e caseira em um ambiente simples, ao ar livre, com árvores e gramado sob os pés. É possível saborear pratos clássicos da culinária local, como o frango ao molho pardo e o frango com quiabo, preparados no fogão a lenha. Para beber, além das típicas cachaças da roça, feitas pelo próprio Raimundo, tem cervejas geladíssimas.
Rua José Anacleto Alves, 18 – Cazuza | Tel.: (38) 3531-9699

Situado a 8 km do centro de Diamantina, o Bistrô das Meninas é o lugar certo para um almoço com o clima, a natureza e os sabores da roça. Da cozinha comandada pela chef Janaína Fernandes, saem pratos diversificados, como a famosa Farofa de Feijão de Corda e a Dobradinha com Feijão Branco. Funciona às sextas das 18h às 22h, e aos sábados e domingos, das 12h às 18h.
Rua Moisés Martins, 94 – Extração | Site
Bem no centro histórico da cidade, o Apocalipse Restaurante é uma excelente opção para o almoço. Instalado no segundo andar de um casarão histórico, o restaurante tem buffet com variadas opções de pratos típicos da culinária mineira. Escolha um lugar próximo à sacada para apreciar a vista do verde que contorna a cidade e o movimento da praça.
Rua Campos Carvalho, 1-3 | Tel.: (38) 3531-3242 | Site
As riquezas históricas

Não pode faltar no roteiro um passeio para conhecer o Centro Histórico de Diamantina. A cidade que foi o maior centro de extração de diamantes do mundo no século 18, foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e mantém preservado as ruas de pedras, casarões coloniais e igrejas, como a Catedral de Santo Antônio e a Igreja de Nossa Senhora do Carmo.
Uma das mais interessantes construções que pode ser visitada no centro é a Casa da Glória. São dois sobrados situados em lados opostos da rua e interligados por um passadiço sobre a rua. A casa funciona como a Sede do Centro de Geologia da UFMG, e apresenta mapas geológicos, fotografias, quartzos e diamantes. O horário de visitação é de segunda a domingo, das 9h às 17h.
Rua da Glória, 298 – Centro | Tel.: (38) 3531-1394
Também não pode faltar uma visita ao Museu do Diamante. O acervo, além de instrumentos utilizados no processo de mineração do ouro e diamante, conta com objetos variados que contam a história da cidade, tais como indumentária e imaginária sacra, armaria, mineralogia, objetos que pertenceram aos escravos, móveis, roupas de época, louças, obras de arte, entre outros. Visitas acontecem de terça a sábado, das 10h às 17h e aos domingos e feriados das 9h às 13h.
Rua Direita, 14 – Centro | Tel.: (38) 3531-1382 | Site

A Casa de Chica da Silva é outra atração para quem passeia pelo centro. A casa que foi dada à primeira escrava a deixar a senzala e ganhar uma posição social, é uma construção grande e imponente que faz parte do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Na visita é possível conferir a exposição permanente do artista plástico Marcial Ávila que retrata em óleo sobre tela as imagens que Chica construiu no imaginário popular. O horário de funcionamento é de terça a sábado das 12h às 17h30 e aos domingos das 9h às 12h30.
Praça Jouberte Guerra, 266 – Centro | Tel.: (38) 3531-2491
Para provar iguarias da culinária típica de minas, conhecer temperos, ervas, frutas e muito mais, dê uma passadinha no Mercado Municipal de Diamantina, situado em um galpão onde funcionava um rancho dos tropeiros. Além das barraquinhas de comidas da roça, também tem artesanato. Às sextas e sábados à noite tem música ao vivo.
Praça Barão Guaicui, 171 – Centro
Dicas para jantar

Uma opção gostosa e descolada é o Relicário Gastronomia, que serve uma culinária com linguagem contemporânea e utiliza ingredientes brasileiros, sendo alguns de produção própria. A decoração caprichada do ambiente é composta por relíquias garimpadas pelos proprietários, tais como relógios, máquinas de escrever, televisões, rádios, máquinas fotográficas e outros objetos que fizeram parte do cotidiano do brasileiro antes da década de 80. A gastronomia é comandada pela chef Rachel Palhares e traz pratos incríveis, como o risoto de fungi com medalhão de filé.
Rua Joaquim Gomes da Costa, 59 – Centro | Tel.: (38) 3531-4294 | Site
À noite, na hora da fome, procure pelo Bar e Pizzaria Vagalume, situado no famoso “Beco do Motta”, no coração do centro histórico da cidade. A casa está instalada em uma construção histórica com ambiente rústico e serve deliciosas pizzas de massa caseira, assadas na forma de pedra. Além das famosas pizzas, no cardápio também tem opções de tira-gostos para acompanhar uma cervejinha gelada, como a Costela à Motta (costela de porco frita, servida ao molho de cebola, pimentão, tomate com palmito e abacaxi).
Beco do Alecrim, 37 – Centro | Tel.: (38) 3531-2085 | Site
Para jantar ou se deliciar com um crepe francês como sobremesa, a pedida é o Deguste, também situado no Beco do Mota. Em um ambiente aconchegante, decorado com charme e cartazes de cantores de sucesso, é possível experimentar massas caseiras, saladas e petiscos. Há ainda uma boa carta de vinhos e música ambiente.
Beco do Mota, 31 – Centro | Tel.: (38) 3531-1030 | Site
Diamantina boemia

Quem quiser esticar a noite bebendo e petiscando, pode seguir para o Catedral Pub. A casa especializada em cervejas artesanais e importadas, oferece uma carta com mais de 100 rótulos. Para comer, tem opções da gastronomia alemã, como o Kasegriller (salsicha com chucrute e molho de mostarda com curry) e hambúrgueres gourmet, como o Catedral (hambúrguer de picanha, requeijão de raspa e queijo canastra, duplo bacon, cebola roxa caramelizada, ketchup de goiabada e pão artesanal). Completando a experiência da noite, o repertório musical vai do Blues ao Rock’n’Roll clássico.
Rua Direita, 68 – Centro | Tel.: (38) 3531-3627 | Site
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DIAMANTINA
Essa terra preciosa
Era a joia colonial.
Sua riqueza valiosa
Era cobiça imperial.
Sua história graciosa
É a testemunha real.
Nem tudo foi flor,
Nessa mineração.
O escravo teve dor,
Ao qual, peço perdão,
Mas teve muito amor
Com Chica e o Barão.
O diamante foi riqueza,
E restaram os sobrados,
Igreja com sua beleza,
Vesperata com dobrados.
Nova Mykonos, com certeza,
Deixa todos deslumbrados.
Na história da educação
É referência nacional.
Seu estilo de construção
É patrimônio mundial.
O filho de maior projeção
Deu ao Brasil sua capital.
Autor: Sebastião Santos Silva de Urandi-Bahia