Quando o destino é o Peru, os viajantes logo de cara já imaginam o sítio arqueológico de Machu Picchu. Tudo bem, não é nem um pouco à toa a fama das ruínas que até ganharam o título de uma das sete novas maravilhas do mundo, mas é preciso lembrar que o país vai muito, muito, muito além da famosa Cidade Perdida dos Incas. Minha ênfase no muito além pode parecer exagerada, mas será explicada no decorrer deste artigo sobre os encantos do nosso vizinho de fronteira.
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Surpreenda-se com Lima, a capital do Peru
A capital peruana, assim como as capitais brasileiras que estamos acostumados, é uma cidade grande e turbulenta, com direito a trânsito, buzinas e poluição. Fatos que não devem assustar os turistas em sua viagem para o Peru, pois apesar dos pesares comuns a uma cidade com mais de 8 milhões de habitantes, Lima rende agradáveis recordações.
Para explorar o lado histórico, a Plaza Mayor é o ponto de partida. Na famosa praça estão os exemplares mais clássicos da cidade, a barroca Catedral de Lima, o colonial Palácio do Governo, o Palácio Arzobispal e muitas outras construções que, através de suas fachadas, contam a história da capital do Peru.
Além de toda a beleza histórica, uma das mais gostosas recordações que Lima deixará de sua viagem para o Peru, é a comida. A capital gastronômica da América do Sul, título merecido que ostenta desde 2006, oferece ótimos restaurantes com um pouco da culinária de todo o país, do tradicional ceviche, passando pela incrível variedade de batatas e receitas com batatas, aos típicos lomos saltados.
É em Miraflores, bairro badalado e charmoso de Lima, que praticamente tudo acontece, de dia e também após o cair da noite. Florido, por isso o nome, o point da cidade concentra estrelados restaurantes, redes de fast food, cassinos, grandes shoppings, barraquinhas de comida de rua, ruínas arqueológicas e parques verdes.
É um desperdício não provar a comida fusion do Astrid & Gastón, restaurante que levou a capital do Peru ao patamar gastronômico de hoje. Fast food dispense, porque né, fala sério! Compras de viagem nunca são dispensáveis, ainda mais se o shopping for o Larcomar. Situado em uma falésia, à beira mar, o shopping a céu aberto é um grande complexo de lazer que além das lojas, tem cinema, bares, ótimos restaurantes, discoteca, boliche e vista para o mar.
Mesmo que os dias em Lima quase nunca são ensolarados e com céu azul, o Parque do Amor sempre tem movimento, principalmente de casais que aproveitam a atmosfera romântica para apreciar o sol se pôr no mar. A escultura O Beijo de Victor Delfin e os mosaicos coloridos que remetem à Barcelona, completam o cenário.
E quando você pensa que Lima não pode oferecer mais nada nesta viagem, se engana. Antes de o dia terminar e você ir beber um pisco sour nas baladinhas e bares de Miraflores, no meio do mesmo agitado bairro, visite o Huaca Pucllana. O complexo de ruínas com 150 mil m² e mais de 1.500 anos de história, impressiona e faz a mente ir longe.
Apaixone-se por Cusco!
Outro destino que prova que o Peru vai além de Machu Picchu é Cusco! Nas ruas e vielas de paralelepípedos da antiga capital do império inca, a mistura da arquitetura inca com a colonial espanhola é visível em diversas construções, principalmente nas igrejas. Durante a colonização os exploradores espanhóis destruíram boa parte do que encontraram e sobre as ruínas incas ergueram as suas edificações barrocas e renascentistas.
Turista de primeira viagem, prepare-se, pois para o seu 1º dia em Cusco, o roteiro inclui o “soroche”, mal estar da altitude. Por estar situada a cerca de 3.400 metros acima do nível mar, a cidade provoca uma recepção pouco calorosa, com sintomas como falta de ar, tontura, enjoo e dor de cabeça. Fique tranquilo que tem alívio! Os viajantes podem mascar folhas ou tomar chá de coca, além de beber muita água.
Neste primeiro dia, convém evitar comidas gordurosas, bebidas alcoólicas e passeios muito puxados. A melhor pedida é dar uma voltinha, sem compromisso, na Plaza das Armas e conferir os principais marcos da arquitetura peculiar da cidade, tais como a Igreja da Companhia de Jesus e a Catedral de Cusco. Os casarios com varandinhas coloridas ao redor da praça abrigam restaurantes, bares e lojinhas.
Nos próximos dias de sua viagem em Cusco provavelmente já terá se acostumado com a altitude, então aproveite para esticar os passeios até o Mercado Central de San Pedro e conhecer os temperos, frutas e artesanatos locais. É de bom tom turístico subir a ladeira que leva ao bairro de San Blas.
Bem mais vazia que a praça, as ruazinhas do bairro exibem casas coloniais com varandas floridas, muitos ateliês, bares e restaurantes charmozinhos. É o local para voltar e começar a curtir a noite de Cusco. Tudo fecha cedo em San Blas, por volta das 22h. Aí é hora de descer a ladeira rumo Plaza das Armas. Ao som de música eletrônica e reggae a boate Mama Africa é uma das mais animadas na noite de Cusco e reúne muitos turistas.
Uma vez na capital arqueológica da América, não pode faltar em sua viagem um roteiro de visitas aos sítios arqueológicos de Cusco. A apenas 2 km do centro, os viajantes encontram um dos mais importantes do Peru, a fortaleza de Sacsayhuaman, formada por uma grande muralha com rochas de até 5 metros de altura e 350 toneladas, dispostas em zigue-zague. Há ainda o Tambomachay, a 8 km, construído por volta de 1500 d.C como um templo de culto à água, o Puka Pukara e o labiríntico Q’enqo.
A tão esperada Machu Picchu
Viu só como uma viagem ao Peru rende um monte de atrações interessantes antes mesmo de chegar a tão esperada Machu Picchu?! Eu não exagerei nos muitos, mas agora vamos a mais célebre atração, ao cartão postal que leva tantos viajantes ao Peru. A cidade tem mais de 200 edifícios, residências, templos, cemitérios, escadas, ruas, fontes de água, áreas agrícolas… Tudo lá, a 2.500 metros de altitude, em pé desde o século 15, mesmo depois de todos os terremotos que abalaram as terras peruanas.
Isso porque o povo inca já manjava dos paranauês, das técnicas de construção que resistissem aos abalos, coisa que os espanhóis que chegaram cheios de marra destruindo tudo, não sabiam. Ao levantarem suas construções sobre as ruínas incas, os terremotos colocaram tudo abaixo, menos a base feita pelo povo inca.
São muitos os mistérios e histórias que envolvem as ruínas. Um deles é que a cidade foi construída no alto da montanha por estar mais próximo do céu e das divindades e porque a cadeia de montanhas aos pés das ruínas tem o formato de um rosto olhando para o céu. Conseguem ver? Eu demorei!
Machu Picchu foi descoberta em 1911, pelo historiador Hiram Binghan, e não durante a colonização espanhola. Ufa! Do contrário, provavelmente as ruínas estariam destruídas como grande parte das construções incas. Inclusive, um dos mistérios que envolvem as ruínas é o porquê da cidade ter sido abandonada. Uma das hipóteses é que com a chegada dos espanhóis, o povo inca escondeu todas as trilhas que levavam à sua cidade sagrada. Escondidinha e preservada ela permaneceu até hoje, ou quase…
Um lugar destes acaba se tornando muito, muito cobiçado. Todos querem ver, pisar, tocar, sentir a tal energia. O problema é que com a grande demanda de turistas, Machu Picchu sofreu danos irreparáveis desde a sua descoberta. Para preservação das ruínas há hoje uma regra que limita a visita de 1500 pessoas por dia. Menos mal!
Independente das histórias e todas as hipóteses que cercam Machu Picchu, uma coisa é certa: a energia que emana de lá nos faz ter certeza que se trata de um lugar especial, e não é com palavras expostas na tela fria do computador que conseguirei transmitir, só mesmo sentindo.
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