Na semana em que o Parque do Ibirapuera completou 59 anos, decidimos listar para vocês parques fundamentais do país para um piquenique, pedaladas, fim de semana se exercitando, ‘remadas’ sobre a prancha de um skate, ou, patinadas que te farão rebolar muito. Enquanto isso haverá a turma que gosta mesmo é de suar a camisa no ritmo cadenciado de um bom cooper, e aqueles que só dão as caras nos parques quando o assunto é assistir a algum show! No Parque do Ibirapuera estão as principais características curvilíneas dos traços mundialmente famosos de Oscar Niemeyer, o arquiteto que achávamos que já nem morreria mais, mas, que se despediu do planeta em dezembro do ano passado, aos 104 anos.

As contribuições arquitetônicas do carioca para o mundo foram inestimáveis. A exemplo dos esboços visionários que culminaram com as formas do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e outras casas por Brasília que ainda não hospedaram classe política que objetiva deixar herança inestimável para o Brasil. Mas, temos fé de que tal herança poderá tardar, mas, não falhará ao chegar! Enquanto isso, aos finais de semana, o Parque do Ibirapuera continuará, certamente, lotado!

1. Na Oca do Parque do Ibirapuera ou, no Museu Afro Brasil!

Há três quilômetros para caminhar, correr, patinar ou comer ao redor do lago do parque. Mas, as atividades físicas podem ser postergadas já que também há espaços como a Oca que abriga exposições gigantescas nos seus 10 mil m² de extensão.

Oca do Parque do Ibirapuera

Quem quer mesmo alegrar os olhos vai se divertir muito no museu mais colorido da cidade. O Museu Afro Brasil e seu acervo histórico, artístico e etnológico inacreditável conta com cerca de 4 mil obras relacionadas à cultura afrodescendente. Quem quer ‘viajar’ com o traçado moderno da contemporaneidade vai fazer uma pausa no Museu de Arte Contemporânea (MAC) para paquerar o trabalho de Pablo Picasso, Portinari, Tarsila do Amaral, Matisse, Di Cavalcanti e outros tantos! Pode explorar mais porque as opções culturais não param por aí. Mas vai ter que caminhar porque dessa vez, não há espaço para dar tudo “mastigadinho”! Temos mais nove parques pela frente!

2. Parque do Ibitipoca, Minas Gerais

Ok. Saindo agora da urbe para falar em um parque que nasceu parque por natureza e teve como único arquiteto um figurão que nem sabemos se tem rosto ou forma: Deus! (Para quem Nele acredita!).

Cachoeira Ibitipoca - Minas Gerais

Localizado em Lima Duarte, município de Minas Gerais, são 1488 hectares e não há asfalto bonitinho para correr, como aquele do Parque do Ibirapuera. Em contrapartida há natureza demais para desbravar suas cachoeiras, grutas, corredeiras, lagos, cânions e mirantes que proporcionam vistas lá do alto, desde 1973. Mas, só para 300 pessoas por dia durante a semana, e 800 aos sábados e domingos. E ainda é possível levar a barraca e ficar por lá.

3. Parque Tanguá – Paraná

Parque Tanguá

Na região norte de Curitiba com área de 235 mil m² está o Parque Tanguá com ciclovia, pista de cooper, e túnel que passa dentro de uma rocha que une dois belos lagos e ainda nos leva de encontro a uma cascata e um ancoradouro. Quem chegar cedo pode tirar a carne do isopor e tomar conta de um dos dez quiosques com churrasqueira.

4. Parque Mangal das Garças – Pará

Parque Mangal das Garças – Pará

De aspectos paisagísticos similares ao Parque do Ibirapuera, com asfalto e gramado para os esportes, o Mangal das Garças, localizado na capital, Belém, tem área de 40.000 m², mas, um grande diferencial se comparado ao parque paulistano: mais de trezentas espécies de árvores nativas, e espécies variadas de animais da região. No Viveiro dos Pássaros há aves belíssimas para ver de pertinho. O Borboletário já é considerado um dos maiores do país e ali está também o Museu Amazônico da Navegação para contar-nos as histórias das cruzadas europeias e os primeiros contatos com os índios que viveram ali.

5. Parque das Dunas – Rio Grande do Norte

Parque das Dunas – Rio Grande do Norte

Também conhecido como Bosque dos Namorados e localizado em Natal com seus 1170 hectares de Mata Atlântica (algo como mil campos de futebol), foi declarado patrimônio ambiental da humanidade pela UNESCO. Opera desde 1977 e é, de fato, o pulmão da cidade já que ocupa bairros desde a zona sul à zona leste do município complementando ainda mais a paisagem “horrorosa” da cobiçada capital turística.

Para percorrer as três opções de trilhas guiadas pela mata fechada até o mirante com vista para o mar é preciso agendar horário. R$ 1 é o preço para a caminhada que pode levar 2h30m. Valor bem simbólico se considerarmos que em São Paulo, no Parque do Ibirapuera é preciso desembolsar R$ 3 para deixar o carro parado por duas horas, no estacionamento.

6. Parque Madureira – Rio de Janeiro

Na zona norte do Rio o recém-inaugurado Parque Madureira tem área equivalente a 14 estádios do Maracanã e estrutura de lazer mais completa para os esportes radicais que a oferecida pelo Parque do Ibirapuera, nosso homenageado de hoje! Ali, no berço da Portela e da Império Serrano, onde o samba fala mais alto, há atividades recreativas, de lazer, cultura e até mesmo uma queda d’água ininterrupta para dar um clima mais fresquinho aqueles dias em que o Rio beira os 40 graus ou, ultrapassa os mesmos.

Na praça do Conhecimento há internet gratuita e cursos de vários segmentos oferecidos para a juventude. Além de shows gratuitos, lagos artificiais, caixas de areia para fingir que a partida de vôlei está sendo na praia, e muito mais!

7. Parque Dona Lindu – Pernambuco

No parque localizado na praia de Boa Viagem, em Recife, há campeonato de basquete, quadra poliesportiva, pista de cooper, ciclovias e performances artísticas plurais, já que este é o único termo cabível para ilustrar as diversas vertentes culturais do Estado, multifacetado. O projeto leva a assinatura de Oscar Niemeyer que, como dissemos lá em cima, também foi responsável pela estrutura do Parque do Ibirapuera. Fica prático chegar com bebê e toda a família já que há restaurantes, fraldários e outras facilidades.

8. Parque Lage – Rio de Janeiro

Parque Lage – Rio de Janeiro

Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o Parque Lage, localizado aos pés do Corcovado, na capital carica, faz voltarmos às histórias remotas de nosso país. O endereço, de área de 52 hectares, foi primeiramente uma fazenda no início do século 19. Passou por inúmeros processos de compra e venda até sua remodulação, em 1920, quando o arquiteto italiano Mario Vodret foi convidado para repaginar a obra do antigo palacete.

Nos 60’s quase perdemos o parque para a rede Globo, que tentou investida sem sucesso para abrigar a construção sede da emissora.

9. Parque Villa Lobos – São Paulo

Há mais concreto que paisagem verde nesse parque paulista que não tenta competir com o Parque do Ibirapuera, mas, agrada o público com shows gratuitos de jazz e muitas vertentes. Quem vai lá quer patinar, andar de skate ou, desfilar com belos animais de estimação, afinal, o parque está localizado no pomposo bairro Alto de Pinheiros. É possível alugar patins e bikes e aprender a praticar com os atletas radicais, sempre dispostos a dar umas aulinhas gratuitas nas pistas!

10. Parque Inhotim – Minas Gerais

Em Brumadinho, está este museu-parque de extensão de mais de 780 hectares. Não fica fácil para qualquer espaço de arte do Parque do Ibirapuera tentar concorrer com o Inhotim, até porque, o parque é o maior museu ao ar livre de toda a América Latina. Desde os 80’s seu acervo vem sendo montado, embora apenas em 2005 o parque tenha iniciado suas atividades para o público. Lá, é possível alegrar o olhar com cerca de 500 obras de artistas do país e do mundo. Vai dar para tocar em algumas obras, que estão alí porque querem, na verdade, ser abusadas pelo público!

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